Minha primeira escola foi COLÉGIO NOSSA SENHORA MEDIANEIRA, dirigido por irmãs Franciscanas, ao lado da Igreja São José, na rua Alberto Bins, Porto Alegre. Esta Igreja pertence à Comunidade São José fundada por imigrantes alemães e dirigida pelos Padres Jesuítas que também dirigiam a Escola São Roque, destinada ao ensino de meninos.
Sempre gostei de freqüentar a escola. Sempre fui curiosa, inquieta, saliente. Gostava de aprender e me sociabilizar. Participava ativamente dentro da sala de aula, perguntando, respondendo. Sentávamos em bancos escolares com lugar para quatro alunas Ficar todo o tempo sentada era para mim muito esforço. Antes de qualquer manifestação devíamos apontar o dedo para então sermos autorizadas a falar. Como eu vivia me levantando para chamar a atenção, atrapalhando as colegas, certo dia a professora me disse: “Já que levantas para qualquer coisa vou mudar teu lugar para a última fila.” Fiquei feliz e lembro-me que passava grande parte da aula em pé, encostada na parede dos fundos. |Ninguém mais reclamou!
Também vivia pedindo licença para tomar água. No pátio coberto, num canto, havia um filtro com água fresquinha e refrescante. Lembro-me da agradável sensação que dava na minha garganta!
Os recreios eu costumava aproveitar o máximo! Uma turma de alunas sempre jogava caçador, formavam-se rapidamente os times e como eu era considerada uma boa jogadora, pois pegava todas as bolas, eu era a primeira a ser escolhida. Esquecia-me até de comer a merenda.
A partir da 4ª série primária, passei a estudar no COLÉGIO BOM CONSELHO, tb. pertencente às Irmãs Franciscanas.
Adaptei-me rapidamente à nova escola, continuando a ser participativa e saliente. Havia atividades extra-curriculares de cunho religioso: no primário a “Liga do Menino Jesús” e no ginásio a “Ação Católica” das quais eu fazia parte, sempre na diretoria. Então um dia a Irmã que coordenava estas atividades me chamou para falar com ela na Secretaria. Queria convidar-me para entrar na Ordem. Ao seu convite eu respondi: “Gostaria de ser freira somente se eu for Madre!” Ela prontamente me respondeu: “Então não tens vocação!”.
Fiquei feliz e aliviada, pois assim pude afastar de minha cabeça qualquer pensamento sobre o assunto!
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