domingo, 21 de dezembro de 2008

Nos bancos escolares

Minha primeira escola foi COLÉGIO NOSSA SENHORA MEDIANEIRA, dirigido por irmãs Franciscanas, ao lado da Igreja São José, na rua Alberto Bins, Porto Alegre. Esta Igreja pertence à Comunidade São José fundada por imigrantes alemães e dirigida pelos Padres Jesuítas que também dirigiam a Escola São Roque, destinada ao ensino de meninos.

Sempre gostei de freqüentar a escola. Sempre fui curiosa, inquieta, saliente. Gostava de aprender e me sociabilizar. Participava ativamente dentro da sala de aula, perguntando, respondendo. Sentávamos em bancos escolares com lugar para quatro alunas Ficar todo o tempo sentada era para mim muito esforço. Antes de qualquer manifestação devíamos apontar o dedo para então sermos autorizadas a falar. Como eu vivia me levantando para chamar a atenção, atrapalhando as colegas, certo dia a professora me disse: “Já que levantas para qualquer coisa vou mudar teu lugar para a última fila.” Fiquei feliz e lembro-me que passava grande parte da aula em pé, encostada na parede dos fundos. |Ninguém mais reclamou!

Também vivia pedindo licença para tomar água. No pátio coberto, num canto, havia um filtro com água fresquinha e refrescante. Lembro-me da agradável sensação que dava na minha garganta!

Os recreios eu costumava aproveitar o máximo! Uma turma de alunas sempre jogava caçador, formavam-se rapidamente os times e como eu era considerada uma boa jogadora, pois pegava todas as bolas, eu era a primeira a ser escolhida. Esquecia-me até de comer a merenda.

A partir da 4ª série primária, passei a estudar no COLÉGIO BOM CONSELHO, tb. pertencente às Irmãs Franciscanas.

Adaptei-me rapidamente à nova escola, continuando a ser participativa e saliente. Havia atividades extra-curriculares de cunho religioso: no primário a “Liga do Menino Jesús” e no ginásio a “Ação Católica” das quais eu fazia parte, sempre na diretoria. Então um dia a Irmã que coordenava estas atividades me chamou para falar com ela na Secretaria. Queria convidar-me para entrar na Ordem. Ao seu convite eu respondi: “Gostaria de ser freira somente se eu for Madre!” Ela prontamente me respondeu: “Então não tens vocação!”.

Fiquei feliz e aliviada, pois assim pude afastar de minha cabeça qualquer pensamento sobre o assunto!

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